"É destino de toda verdade ser objeto de ridículo quando exposta pela primeira vez." - Albert Schweitzer

quarta-feira, julho 20, 2005

Uma pausa...

Uma pausa nos dois blogs, não postei nada nos últimos dias pois a minha casa está passando por um processo de limpeza, que inclui, além da faxina, a diminuição do volume de velharias. Para quem me conhece, não se assustem!!! Eu não estou doente, nem mentalmente abalada. A "diminuição do volume" não significa eliminação total das tranqueiras...rs... Ainda tem muuuuuita coisa aqui que muita gente diria que é lixo, e eu digo que é "potencialmente artístico".
Beijos aos que me acompanham. I´ll be back.

terça-feira, julho 05, 2005

Curiosidade: Arruda na comida

A arruda, apesar de todas as advertências que citei no post anterior, pode ser utilizada na culinária. Existe uma farofa que se faz com arruda, que é uma oferenda aos pretos-velhos, mas que é bastante saborosa e pode ser comida, pois a quantidade utilizada de arruda na receita não é perigosa. Posso afirmar porque eu já comi! E é bem gostosa, se bem preparada.
Aí vai a receita:

1 maço de arruda fresca
1/2 kg de farinha de mandioca crua
azeite de oliva

Lavar bem a arruda, tirar os talos, picar bem miudinho e refogar no azeite, com cebola e alho triturados. Misturar a farinha de mandioca crua, refogar mais um pouco, colocar sal à gosto.

Vai muito bem com tutu de feijão e torresmos!

Arruda (Atendendo a pedidos)


arruda
Originally uploaded by Edilene_Mora.

Nome científico: Ruta graveolens L.
Nomes populares: Arruda doméstica, arruda dos jardins, ruta de cheiro forte, ruda.
Propriedades medicinais: abortiva, adstringente, analgésica, antiasmática, antiepileptica, antiespasmódica, antihelmíntica, antihemorrágica, antihistérica, antiinflamatória, antinevrálgica, antireumática, antitetânica, aperitiva, aromática, calmante, carminativa, diaforética, emenagoga, estimulante, estupefaciente, febrífuga, estimulante dos nervos, repelente, sudorífica, tônico para circulação, tranquilizante, vermicida.
Indicações: afecções dos rins, alterações menstruais, ansiedade, asma bronquica, bexiga, calvície, cefaléia, ciática, clerose, conjuntivite, derrame cerebral, dermatite, dores de ouvido, dor intestinal, enxaqueca, flebite, fígado, fragilidade dos capilares sanguíneos, gases, gota, hemorróidas, hipocondria, inchaço nas pernas, incontinência de urina, inflamação, inflamação dos olhos, insônia, limpeza de feridas, nevralgia, olhos cansados, onicomicose, otite, ouvido (feridas e zumbido), normalização das funções do ciclo menstrual (menstruação escassa), paralisia, parasitas (piolhos e lêndeas), pneumonia, prisão de ventre, repelente de insetos (pulgas, percevejos e ratos), reumatismo, sarna, varizes, vermes (oxiúros e ascárides).
CONTRA INDICAÇÕES/CUIDADOS: CUIDADO: TÓXICA. É VENENOSA E ABORTIVA. Contra indicada para gestantes, lactantes, hemorragias, cólica mesntrual e sensibilidade na pele.
Efeitos colaterais:
doses elevadas do chá podem causar vertigens, tremores, gastroenterites, convulsões, hemorragia e aborto em mulheres grávidas, hiperemia dos órgãos respiratórios, vômitos, salivações, edema na língua, dores abdominais, náuseas, secura na garganta, dores epigástricas, cólicas, arrefecimento da pele, depressão do pulso, contração da pupila e sonolência. Pode causar fitodermatites, através de um mecanismo fototóxico que torna a pele sensível à luz solar. Nas mulheres pode levar a hemorragias graves do útero.
(Fonte: http://www.plantamed.com.br/)

Uso litúrgico: Planta aromática usada nos rituais porque Exu ( o Orixá, não o catiço) a indica contra maus fluidos e olho-grande. Suas folhas miúdas são aplicadas nos ebori, banhos de limpeza ou descarrego, o que é fácil de perceber, pois se o ambiente estiver realmente carregado a arruda morre. Ela é também usada como amuleto para proteger do mau-olhado.

A arruda é muito utilizada por benzedeiras, há gerações. Os pretos-velhos também a usam e é tida até como um símbolo destes.

Alecrim


alecrim
Originally uploaded by Edilene_Mora.

Nome científico: Rosmarinus officinalis L.
Nomes populares: Alecrim de jardim, alecrim de cheiro, rosamrino, libanotis, alecrim de horta.
Propriedades terapêuticas: Estimulante digestivo, anti-espasmódica, estomacal, vasodilatora, anti-séptica.
Indicações terapêuticas: Dores reumáticas, depressão, cansaço físico, gases intestinais, debilidade cardíaca, inapetência, cicatrização de feridas, dor de cabeça de origem digestiva, problemas respiratórios.
***Informações complementares***
Modo de uso: Infusão das folhas frescas ou secas na forma de compressas, decoto das folhas na forma de loção, na forma de pomada usando-se o suco concentrado.
Dosagem indicada: Dor de cabeça de origem digestiva. Em 1 xícara de chá, coloque uma colher de sobremesa de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá antes ou após as principais refeições.
Problemas respiratórios:
Xarope: para 1/2 litro de xarope adicionar o suco de 4 xíc. de cafezinho de folhas frescas, tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas.
Infusão: 1 xíc. de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de água, tomar xíc. de chá a cada 6 horas.
Tintura: 10 xíc. de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de álcool de cereais ou aguardente, tomar 1 colher de chá 3 vezes ao dia em um pouco de água; para a maioria das indicações, inclusive hemorróidas.
Pó - as folhas secas reduzidas a pó têm bom efeito cicatrizante.
Outros usos: Usam-se ramos em armários para afugentar insetos.
IMPORTANTE
Toxicologia: Em altas doses pode ser tóxico e abortivo.

(Fonte: http://ci-66.ciagri.usp.br/pm/ver_1pl.asp)

Uso litúrgico: O alecrim é uma folha consagrada a Oxalá. Largamente utilizada em banhos de limpeza e descarrego, e em defumações. Junto com a arruda e a guiné, é muito utilizada por pretos-velhos em benzimentos e em remédios naturais.

domingo, julho 03, 2005

Carnauba


carnauba
Originally uploaded by Edilene_Mora.
Nome científico: Copernicia prunifera (Miller) H.E. Moore
Utilidade: É voz corrente entre a população nordestina que da carnaubeira tudo se aproveita. O caule (tronco), de madeira moderadamente pesada (densidade 0,94 g/cm3), é muito empregado na construção das casas da região, principalmente para vigamentos. Trabalhado ou serrado pode ser utilizado na construção de móveis, na construção civil como caibros, barrotes e ripas, na confecção de artefatos torneados como bengalas, utensílios domésticos, caixas, etc. É considerada muito durável quando em contato com a água salgada. No Pantanal Matogrossense é muito utilizado para construção de cercas e porteiras, para postes e pontes, onde se acredita que sua durabilidade seja eterna se utilizada de troncos completamente maduros. Entretanto, sua principal riqueza está na cera que recobre as folhas, principalmente as mais jovens, e conhecida internacionalmente como “cera-de-carnaúba”. No passado foi muito empregada na iluminação de residências na forma de velas e atualmente é utilizada industrialmente na confecção de graxas de sapato, vernizes, ácido pícrico, lubrificantes, sabonetes, fósforos, isolantes, discos, etc. Suas folhas secas, além da utilização local para cobertura de construções rústicas é muito utilizada na confecção artesanal de chapéus, cestas, esteiras, bolsas, cordas, colchões, etc. Suas amêndoas (sementes) contém óleo. A palmeira é muito elegante e vem sendo muito utilizada no paisagismo nas cidades nordestinas e na arborização urbana, principalmente em Fortaleza, Teresina e Iguatu. Suas folhas verdes são largamente utilizadas durante o período de estiagem prolongada no Nordeste como forrageira para o gado.
(Fonte:http://www.plantarum.com.br/copernicia.html)
Uso Litúrgico: Planta dedicada à Oxalá. Tem aplicação em banhos feitos com as folhas, depois do qual não se deve deixar a cabeça descoberta por pelo menos meio dia, e não se deve tomar sol. É usada para fortalecomento da aura e alimento do ori. As velas feitas com sua cera são consideradas as ideais para iluminar o Orixá.

Manjericão


alfavaca manjericao
Originally uploaded by Edilene_Mora.
Nome científico: Ocimum basilicum
Partes usadas: Folhas e sementes.
Família: Labiadas (Lamiaceae).
Características: Herbácea composta, de caule ereto, folhas de coloração verde-clara, opostas, flores brancas, rosas ou púrpuras dispostas em espiga.
Nomes populares: É também conhecida como alfavaca-cheirosa, alfavaca-da-américa, basílico-grande, erva-real, manjericão-das-cozinhas, manjericão-de-folhas, manjericão-de-folhas largas, manjericão-de-molho e manjericão-grande.
Princípios Ativos: Rica em óleos essenciais (estragol, linalol e alcânfora) e tanino.
Propriedades: Diurética, cicatrizante, digestiva, hipotensora, inseticida e anti-biótica.
Indicações: Uso aconselhado em casos de tosse. Combate contrações musculares bruscas e afecções das vias respiratórias. Como tempero agrada muito, principalmente a paladares europeus. A alfavaca de cheiro, de folhas mais largas e grossas, pode ser usada em leite de soja, cremes de coco e mel. Fornece um sabor semelhante ao da canela.
(Fonte: http://www.herbario.com.br)
Uso litúrgico: Planta consagrada a Oxalá. Utilizada nos banhos de purificação dos filhos que entram em obrigação ou são recolhidos. Considerado um excelente banho de limpeza e proteção para qualquer pessoa, e principalmente crianças, por ter o axé de Oxalá.
O banho de leite com manjericão é utilizado para espantar kiumbas e fazer limpeza forte, tanto que não se aconselha o uso repetido desse banho. Suas folhas não devem nunca ser cozidas ou fervidas, mas apenas maceradas.